quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ao avesso - Thiago Vargas

Sonhos de uma noite de verão
Sonhos de uma noite
Me dirão que a sombra da minha alma
Tem falado a meu respeito
Mais do que eu mesmo sei
Meus devaneios me mostrarão um sujeito
Que sempre viveu plantado no meu peito
Mas nunca seguiu uma vírgula do que pus como lei

E eu é que deveria saber
Que a toda ação corresponde a uma reação de mesmo preço
Pois o que quero fazer, isso eu não faço
E assim, não faço, porque estou ao avesso

Mas não há de ser nada
Na verdade não foi nada
Não há nada que eu me lembre ou esqueça
Eu não fiz nada disso
Mas eu simplesmente fiz um bicho de sete cabeças
Avesso dos pés à cabeça

No começo, como era antes,
Essa luz que alumiava não tava distante
Mas, parece que a sombra cresceu
E o que era pequeno virou um gigante
E pela própria natureza me tragou de um jeito
Que até meu sujeito suspeitou bastante

Mas meu sertão não se entrega
Ele volta pra luz e se agarra na fé
Faz da lágrima sangue divino
Que me bota na luta e me deixa de pé.

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