domingo, 18 de janeiro de 2015

Tempos de agonia

Depois de uma intensa e morosa jornada, terminei de ler Misery de Stephen King. Uma amiga me emprestou e me 'obrigou' a ler.... E como sou traça, li. Mas.... não é o meu tipo de leitura preferida. Terror. Então, para um livro de apenas 300 páginas demorei MUITO! Uns 3 meses pelo menos... 

Claro que eu sabia o tipo de livro que seria. Stephen é famoso por esse tipo de obra e essa amiga por seu gosto por terror. Lembro de uma mini-série louca que passou na Record que era baseada em um livro dele. Assisti a série toda, mas foi algo muito negativo. Não do ponto de vista ruim. Mas mostrava do jeito que só ele consegue fazer a maldade da vida. Não gosto disso! Por mais que muitas vezes seja alvo dessa maldade.

Sobre o livro. Um famoso escritor, Paul Sheldon, sofre um grave acidente de carro e é encontrado por sua autodenominada fã nº 1, Annie Wilkes, uma enfermeira louca. Esse acidente acontece em uma cidade do interior, durante o inverno. Annie trata de Paul e inicialmente parece uma pessoa do bem, mas aos poucos mostra toda sua obsessão. Paul é torturado fisica e psicologicamente a um ponto que sua mente quase se rende. E aí acontece a virada do personagem! Mesmo com as pernas inutilizadas pelo acidente e a parca recuperação pelo tratamento improvisado e domiciliar, ele decide não se render mais.

Uma coisa muito legal foi mostrar os bastidores do processo de escrita de um livro. O 'Sai dessa, Paul!'; o 'buraco no papel', o 'deixaeuver' e o 'Sherazade de mim mesmo.' Annie obriga Paul a escrever uma livro especialmente para ela, revivendo as aventuras de Misery, uma jovem de época que ele havia matado em seu último livro para se dedicar a outro tipo de história. Todos o dilemas e problemáticas para escrever uma história crível de alguém que está morta e enterrada. E ele conseguiu! E a história de Misery é uma história que eu gostaria de ler. 

Como sempre, aprendo. Até que ponto somos capazes de resistir? Até que ponto vamos fugir de nossas responsabilidades? Até que ponto vamos culpar os outros? Até que ponto vamos enganar a nós mesmos? Até que ponto seremos reféns das circunstâncias? Ou de nós mesmos? Até que ponto conseguimos manter a esperança? Até que ponto vai a maldade humana? Até que ponto não deixaremos nos contaminar? 

Até onde somos capazes de ir para manter a vida?

Existe um filme que adaptou este livro, mas, não! Já tive a minha dose de misery.

Finalizo com Misery de Maroon5.




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